quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Histórico Do Comitê Central Popular
Esta articulação dos movimentos, entidades, associações, sindicatos, pastorais e partidos da classe trabalhadora existe a 15 anos, se reunindo inicialmente para a construção do GRITO DOS EXCLUÍDOS.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra realizou a Marcha Nacional pela Reforma Agrária, passando por diversas cidades do Brasil. Em sua passagem por Juiz de Fora proporcionou para a Comissão Permanente de Construção do Grito dos Excluídos o fortalecimento do trabalho de base que estava sendo feito nas comunidades. Assim a organização local foi alimentada através de visitas à estas comunidades e dos atos realizados junto com o MST.
Outro marco que contribuiu para consolidar o caráter classista deste campo político foi a construção local do Plebiscito Nacional Contra a Privatização da Vale do Rio Doce. Isto porque em sua construção surgiram divergências políticas entre as organizações que compunham a Comissão em relação as políticas implementadas pelo governo petista. A postura tomada pela Comissão foi de defender os interesses populares acima de questões partidárias, não se furtando de fazer o enfrentamento a qualquer governo que se opuser a tais interesses.
Durante a avaliação do plebiscito, o grupo percebeu a necessidade de permanecer em luta. Nascendo daí o COMITÊ CENTRAL POPULAR, com a proposta de organizar as lutas populares em Juiz de Fora permanentemente. Seu objetivo maior é de unificar as várias lutas existentes na cidade, ampliando o horizonte das pautas específicas em uma luta que contribua para a construção de uma sociedade sem classes.
Em 2008 as principais ações do COMITÊ CENTRAL POPULAR foram: o Grito dos excluídos 2008, a luta contra o aumento da passagem que culminou nas denuncias de corrupção, no movimento Fora Bejani e no Fora Vicentão. Em novembro deste mesmo ano promoveu o Primeiro Encontro dos Movimentos Sociais de Juiz de Fora, que encaminhou como pauta central para os próximos anos a luta pela moradia.
Para sua melhor organização o COMITÊ CENTRAL POPULAR formou duas comissões internas: a Comissão de Formação e Mobilização e a Comissão de Luta pela Moradia. A Comissão de Formação e Mobilização é responsável por pensar formas de trazer formação política às entidades que o compõe e às comunidades, e ainda de pensar estratégias de dar visibilidade às lutas do COMITÊ CENTRAL POPULAR – atos, elaboração de panfletos, informativos e outros. A Comissão de Luta pela Moradia é responsável por manter o COMITÊ CENTRAL POPULAR informado das discussões realizadas no âmbito do Conselho Municipal de Habitação, e pelo trabalho de base realizado nas Áreas de Especial Interesse Social, fomentando não só a mobilização das comunidades, mas também a politização destas. É importante ressaltar que as Comissões é uma forma de organizar o COMITÊ CENTRAL POPULAR, e não de dividi-lo, sendo assim as Comissões caminham juntas na luta.
Em 2009 o COMITÊ CENTRAL POPULAR organizou várias lutas importantes no cenário político da cidade. Entre elas o 8 de Março - Dia de Luta das Mulheres, com uma intervenção na feira de Benfica e na feira central de domingo, com a bandeira: Este sistema é violento.
Em comemoração aos 50 anos de revolução cubana o COMITÊ CENTRAL POPULAR realizou uma mesa redonda no dia 16 de maio na Câmara Municipal.
Em Juiz de Fora a Jornada Nacional Unificada de agosto disse não às demissões, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário e em dos direitos sociais, foi uma das ações em que o Comitê buscou unificar as diversas forças políticas. Foi realizado um ato no calçadão da cidade com panfletagem e diálogo com a população.
O Grito dos Excluídos de 2009 que teve um formato diferente por conta de não haver o desfile militar, se tornando a Semana dos Excluídos. Com as seguintes atividades:
Acorda Cidade: Café da Manhã no dia 07 de setembro com moradores de rua, catadores de papel e outros trabalhadores em frente ao local onde será construído o Restaurante Popular. Essa ação faz parte da luta da frente em defesa do restaurante e teve o objetivo de denunciar o atraso das obras.
Debate sobre Estatais: Debate sobre as privatizações, sobretudo a dos Correios e da Petrobrás. Contamos com a presença de um diretor do sindicato dos petroleiros de Minas e membro do comitê em defesa da Petrobrás 100% nacional, um representante do sindicato dos correios. O evento foi realizado na Câmara Municipal.
Grito por Moradia: Manifestação em defesa de moradia popular digna para os trabalhadores. O Comitê mobilizou as três comunidades que estava realizando trabalho de base, levando-as para o ato no dia 10 de setembro. Os manifestantes ocuparam a Câmara Municipal e fizeram uma audiência Pública forçada, convocando todos os vereadores que estavam em seus gabinetes. Este ato contribuiu para que as ocupações se conhecessem e visualizassem a importância de unir-se na luta por moradia. Este ato trouxe ao Comitê a certeza da necessidade de construir a primeira Assembléia Popular da Moradia de Juiz de Fora e criou forças para sua efetivação.
Assim a Comissão de Luta pela Moradia se organizou para realizar trabalho de base em 10 comunidades, como objetivo de convidar as comunidades para participar da Assembléia Popular de Moradia. Foram realizadas pelo menos duas visitas em cada área no período dos meses outubro e novembro.
Na Assembléia Popular estiveram presentes mais de 100 moradores de Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) onde puderam compartilhar sua realidade e propor ações concretas para contribuir na transformação desta realidade. A metodologia utilizada na Assembléia teve a intenção de dar voz ao povo, os grupos de discussão possibilitaram a construção coletiva das pautas para o ano de 2010. As bandeiras de luta foram: lutar pela regularização fundiária, saneamento básico, luz, transporte, água, creches e escolas, frentes de trabalho e renda. Para de manter organizados os moradores propuseram: reuniões constantes nas áreas; unidade entre as áreas tendo os moradores das outras áreas como companheiros, construindo uma organização forte; troca de experiências e conquistas entre as áreas; construir espaço de formação política; dizer não às promessas feitas por políticos interesseiros; criar a Comissão Permanente da Assembléia Popular de Juiz de Fora. E foram encaminhadas as atividades para o ano de 2010: reunião da Comissão de Permanente da Assembléia Popular dia 10 de janeiro; organização do ato durante o mês de fevereiro; grande ato da moradia no dia 08 de março; abril e maio realização de Assembléias nas áreas e preparação para Assembléia Nacional em Brasília.
Além das ações citas acima o COMITÊ CETRAL POPULAR ainda colaborou com a construção do Seminário da Crise realizado pela APES, um ciclo de debates sobre a crise e o trabalho docente nos dias 23 e 24 de maio. Acompanhamos as reuniões e atos realizados pela comunidade do Dom Bosco na luta pela reabertura da escola Dom Orione. Nossos companheiros e companheiras, integrantes do Comitê Central Popular, representantes da CONLUTAS e da INTERSINDICAL, compõe a chapa MUDA SIND-UTE, vencedora das eleições para a direção da sub-sede do sindicato, que ocorreu no dia 23 a 27 de novembro.
Hoje o COMITÊ CENTRAL POPULAR se reúne de 15 em 15 dias na sala 48 da Catedral, e é composto pelas seguintes entidades e movimentos: Intersindical, CONLUTAS, Ascajuf, Coletivo Piracema (Movimento Estudantil), AGB (Associação de Geógrafos do Brasil), MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CARITAS, Oposição dos Correios, SIND-UTE, Organização do Aposentados, MTC (Movimento dos Trabalhadores Cristãos), Movimento de Moralização Política, Forum de Participação de Moradores Rua, Assembléia Popular, Consulta Popular, Refundação Comunista, PSTU, Núcleo Histórico dos Comunistas de Juiz de Fora, entre outras.
Através deste histórico o COMITÊ consolidou sua posição classista, e hoje tem o objetivo de fortalecer a classe trabalhadora construindo o Poder Popular.
TODO PODER AO POVO!
domingo, 13 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Vitória popular: Eleições Sind-UTE
Nossos companheiros e companheiras, integrantes do Comitê Central Popular, representantes da CONLUTAS e da INTERSINDICAL, compõe a chapa MUDA SIND-UTE, vencedora das eleições para a direção da sub-sede do sindicato, que ocorreu no dia 23 a 27 de novembro.
Desde sua fundação o sindicato dos professores da rede estadual está sendo dirigido pelo mesmo grupo, a Articulação Sindical, que abandonou a luta e foi se burocratizando.
Conseguir a direção da sub-sede é um importante passo para cumprir nossas propostas:
-Resgatar a organização local de trabalho através dos Representantes das escolas;
-Presença viva do sindicato nas escolas, com materiais informativos e reflexivos;
-Construir núcleos para todos os segmentos, especialmente aos auxiliares de serviço geral e secretários, resgatando-os da neglig~encia que a atual gestão foi capaz de atribuir-lhes;
-Garantir espaço para os aposentados nas discussões e lutas da categoria;
-Plantão permanente de diretores sindicais para atender a categoria;
-Construir um jurídico presente na sub-sedepara atender a categoria em seus problemas específicos.
No sindicato não basta uma direção. A classe trabalhadora deve a ele se filiar e lutar pelos seus interesses, participando de greves, mobilizações. O sindicaliado tem voz e é responsável na mudança dos rumos.
Comprometemo-nos com a construção de um sindicato independente dos governos, rumo a um movimento sindical de novo tipo.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
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