domingo, 24 de julho de 2011

Construção do 2º Encontro dos Movimentos Sociais da Zona da Mata Mineira




O Grito dos/as Excluídos/as não é um evento isolado, ele vai para além dos protestos do dia 07 de setembro. Faz parte de um processo de mobilização e lutas pelos direitos, bem como de construções coletivas em torno de uma outra maneira de ver a Terra e de usufruir de suas riquezas, a partir dos princípios do respeito, da convivência e da sustentabilidade.

O Grito dos/as Excluídos/as pretende levar às ruas o grito da Mãe Terra sofrida com tantos projetos de morte, os quais, escondidos atrás das máscaras do desenvolvimento, destroem a natureza e colocam em risco toda espécie de vida sobre o Planeta. Conseqüência também desse modelo de desenvolvimento capitalista, que visa tão somente o lucro desenfreado de alguns poucos, é a negação dos direitos básicos da população: saúde, educação, moradia, acesso à Terra, à Água, lazer, cultura, emprego, soberania alimentar... O governo anuncia o ascenso de 35 milhões de pessoas à classe média, porém, isso não significa que os direitos básicos destes e dos que continuam a linha de pobreza e miséria tenham sido garantidos.

Por isso é um dos momentos de construção de força para nosso encontro regional.

Proxima reunião:

Dia 27/07 às 18:30 na sala 48 da catedral

PAUTA:
1) Informes
2) Coleta das sugestões: Como deve ser nossa intervenção no grito?
3) Debate sobre Mundo do Trabalho - Convidados: APES, MTC, MTD, ASCAJUF.
4) Distribuição convites feijoada.



Relatório reunião Comitê Central popular realizada dia 13/07/2011


1) ENTIDADES PRESENTES e noticias de outras Mobilizando
para o grito
> =>CEBES
> =>CEBI
> => RCB
> => ALGUNS GRUPOS CULTURAIS
> => JUVENTUIDE DA PERIFERIA ( BATUQUE)
> => AGB
> => PSTU
> => CONSULTA POPULAR
> => MLPM
> => CÁRITAS
> => COLETIVO PIRACEMA
> => MEL
> => COMITE CIDADANIA
>
2) Campanha Minério tem possibilidade de aglutinar mais entidades
Dia: 12.08.2011
as 19 na Camara Municipal

3)DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO PNE ( Plano Nacional de Educação)
> O QUE É PNE?
> =>É o que dá as diretrizes da educação no Brasil;
> => Este PNE é a continuação do anterior;
> => tudo feito através de decretos, população não participa, não discute,
> não participa das decisões;

> O DISCURSO DO GOVERNO É SEDUTOR:
> => Universalização do ensino;
> => Fim do analfabetismo;
> => Escola tempo integral;
> => Mais vagas nas Universidades;
> => Acompanhamento pedagógico;

> PREOCUPAÇÕES:

> 1)COM A EDUCAÇÃO DO BRASIL

> => Setor privado é oi grande coordenador do PNE
> => Ensino será feito por áreas e não mais por disciplinas;
> => Mais alunos com as mesmas estruturas, físicas e humanas;
> => Acesso físico às escolas sem a preocupação com as especificidades tais
> como: quilombolas, indígenas, assentamentos do Movimento Trabalhadores Sem
> Terra e outros;
> => Processo de educação cada vez mais mercantilizado;
> => A grade curricular são de interesse do mercado não das pessoas;
> => Não há interesse em produzir conhecimento para a sociedade;
> => A tecnologia deve ser um aliado do ser humano, este PNE coloca a
> tecnologia no lugar dos professores com o ensino á distancia e outros;
> => Aumenta a quantidade de vagas, mas cai a qualidade do ensino;

> 2) COMO O PNE ATINGE OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO

> => Escola Empresa;
> => Imposição de metas;
> => Imposição de nº de alunos tem que ser aprovados;
> => Professores sem quadro de carreira;
> => A especificidade de formação do professor deixa de ser valor;
> => Salário ligado ao desempenho;
> => Provão para professor como valorização;

> 3) GERAIS
> => As centrais Sindicais que deveriam estar lutando pela democratização,
> abrindo discussão com a sociedade, está apoiando o governo sem discussão;

> Após estas discussões foi aberto o debate. No final um grande desafio:
> Como levarmos para o GRITO DO EXCLUÍDOS/2011 este debate, estas
> preocupações?
> Para que se grita?
> Este ano realizaremos o 18º grito dos excluídos. Aprendemos a gritar
> melhor? Ou ficamos esperneando, com discursos, panfletos que não diz nada
> para as pessoas?
> Temos que adequar nossa linguagem para ser entendido por um público que
> vai ao sete de setembro para ver o exercito desfilando, acreditam na
> independência, como intervir? Como gritarmos dentro da força que temos?
> Como fazer denuncia sérias, com dados concretos?

> Como desafio para a próxima reunião os presentes ficaram de pensar e
> levar propostas concretas. Como vamos fazer o grito este ano? Vamos
> inovar?

4) ENCAMINHAMENTOS
> Conversar com APES no sentido de ceder o espaço para realização de uma feijoada no dia 21/08 ( junto CRB) com o objetivo de mobilizar para o grito;

> Ver preço e confecção do cartão para venda da feijoada e trazer no dia 27/07 para distribuição

Foi distribuído jornalzinho do grito, encomendamos uma quantidade. Se sua entidade está interessada em adquirir entre em contato conosco.

Levanta povo
Olha o novo
Que começa a despertar
É a força
E a beleza
Do Projeto Popular

terça-feira, 5 de julho de 2011

2º Encontro dos Movimentos Populares da Zona da Mata Mineira

CONVITE


Nós, Movimentos Populares, entidades sindicais, estudantis e organizações religiosas comprometidas com a emancipação do povo brasileiro, precisamos constantemente nos reunir para juntar forças e lutar contra as opressões do sistema capitalista.

No ano de 2008, realizamos um grande encontro das organizações sociais de Juiz de Fora, contando com a presença de mais de 150 participantes. Nesta oportunidade discutimos os problemas da cidade, e definimos ações conjuntas para resistir e lutar juntos.

Em 2011, três anos depois do I Encontro dos Movimentos Populares de Juiz de Fora, ousaremos fazer uma atividade ainda maior, o ENCONTRO DOS MOVIMENTOS POPULARES DA ZONA DA MATA MINEIRA. Para que este evento seja um marco na unidade das entidades da região, precisamos que todos se envolvam, com muita força e esperança.

A proposta é que o ENCONTRO DOS MOVIMENTOS POPULARES DA ZONA DA MATA MINEIRA aconteça no dia 20 de novembro, no Colégio Jesuítas. Lembramos que nesta data é o dia da consciência negra, e aproveitaremos o encontro para traçar atividades de conscientização para os próximos anos na região.

Já estamos indo para a 2ª reunião de construção do ENCONTRO DOS MOVIMENTOS POPULARES DA ZONA DA MATA MINEIRA, dia 13 de julho, as 18:30h, na sala 48 da Igreja Catedral. A presença de sua organização é fundamental para darmos mais um passo rumo a construção unitária do Projeto Popular Para o Brasil.

O Tema tratado será a EDUCAÇÃO, convidamos para compor a mesa: SindUte, SINTUFJF, SINPRO, APES e Movimento Estudantil.




CONTATO: Maria Luiza - 88118449 - Comitê Central Popular

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Crescimento Econômico e Luta de Classes

São 25 novos ricaços por dia num país de 16 milhões de miseráveis

29/06/2011


Editorial ed. 435

O primeiro semestre foi pleno de números, percentuais e índices que geraram uma certa euforia por conta da manutenção do crescimento da economia brasileira. Crescimento acompanhado das altas taxas de lucro que colocam o Brasil como um dos maiores “produtores” de novos milionários do mundo. São 25 novos ricaços por dia num país de 16 milhões de miseráveis. Esses números passam longe de causar qualquer euforia aos lutadores do povo. Embora as greves, paralisações, negociações acima da inflação e a redução do desemprego sejam sinais promissores, estamos longe de comemorações.

Tivemos até agora boas lutas, tanto no setor público como no privado, das mais distintas categorias, que obtiveram conquistas em negociações importantes, mesmo enfrentando os mecanismos ideológicos, políticos e jurídicos das classes dominantes. Como dissemos no editorial da semana passada, as limitações ao direito de greve fazem parte desses mecanismos. A burguesia tenta criar um clima para contagiar a sociedade e faz um esforço para associar a ideia de que se a economia vai bem, o Brasil vai bem e, consequentemente, todos vão bem. As contradições nesse processo – expressas nas lutas dos trabalhadores - não ganham espaços na mídia burguesa. São abafadas ou tratadas dentro das suas particularidades e aspectos corporativos. Ou então são tachadas de lutas irresponsáveis e ideológicas.

Melhora da economia

A queda do desemprego é um aspecto importante, porque reduz o poder de pressão dos patrões, que se valem da ameaça de demissão e da farta opção da força de trabalho para baixar os salários. Neste contexto, os trabalhadores ganham força para lutar por melhores condições de vida. Por isso, crescem as mobilizações de diversas categorias, com pautas mais ampliadas. Bandeiras históricas são resgatadas. A aprovação na reunião da OIT (Organização Internacional do Trabalho) da ampliação dos direitos do trabalhador doméstico e o voto favorável da maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço nos casos de demissões sem justa causa são avanços importantes. No entanto, essas medidas vão enfrentar um processo de disputa política intensa, dentro da polarização dos interesses do capital e dos trabalhadores, e somente serão convertidas em direitos se houver lutas massivas e unitárias.

Mobilizações

Cada pequena conquista só é possível com a organização dos trabalhadores. As lutas para o segundo semestre prometem ser ainda mais amplas, combinando o calendário de mobilização nos períodos de negociação salarial (petroleiros, bancários, professores, dentre outras) com a construção de jornadas amplas organizadas pelas centrais sindicais, movimentos sociais, organizações populares.

As pautas combinam pontos defensivos (reparações) com ofensivos e de ampliação/resgate de direitos históricos, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, pelo fim do fator previdenciário, o combate às demissões sem justa causa, por soberania alimentar, pelo aumento do percentual do PIB para a educação, entre outros. Esses são os principais temas de unidade.

Mas somente vamos conseguir avançar se combinarmos mobilizações amplas em todos os cantos desse país, com a unidade das distintas categorias, entre as regiões, e principalmente, com a unidade das centrais sindicais. Precisamos superar os fatores que contribuem para dividir e fazer prevalecer as pautas das categorias, as pautas defensivas. Passar para a ofensiva depende da unidade.

Tornar esse desafio uma realidade, superando o quadro de divisão no interior do movimento sindical, é central para avançar na luta dos trabalhadores e contribuir com a revolução brasileira.

Calendário de luta

Nos próximos meses, temos uma agenda de jornadas amplas. As mobilizações começam no dia 6 de julho, em todo o Brasil, construída e articulada em torno da CUT e da MMM (Marcha Mundial das Mulheres), entre outras forças. O mês de agosto será marcado por mais mobilizações, começando por uma jornada a partir do dia 1, construída e articulada por um conjunto de centrais sindicais (CTB, Força Sindical, CGTB, Nova Central, UGT), juntamente com a UNE, CONAM e outras. Na terceira semana de agosto, teremos mobilizações construídas e articuladas em torno da Intersindical, CSP-Conlutas, Andes, Anel e outras forças, coincidindo com uma mobilização da Via Campesina e Assembleia Popular, concentrando em um acampamento nacional em Brasília e acampamentos nas capitais, por aproximadamente 15 dias.

O papel da militância social, das distintas organizações, movimentos, sindicatos, concepções, crenças e outras diferenças deve ser o de fortalecer essa luta. Ou seja, contribuir para que essas mobilizações sejam massivas, participativas. Que sejam momentos de pedagogia de massas e que cada um contribua para conformar uma pauta ainda mais unificada. Assim, trilhemos os ensinamentos de Marx e Engels: proletários de todo o mundo, uni-vos. Quem sabe daremos um primeiro passo dessa união internacional.


Fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/6710