terça-feira, 4 de maio de 2010

Comitê Central Popular na luta com os Professores

Por Jani de Souza, Olívia Costa Prates, Paula Duarte, Solléria Menegati e Talitha Évely

Em 1886, na cidade de Chicago (EUA), trabalhadores de uma fábrica iniciaram uma manifestação buscando melhores condições de trabalho. A reivindicação se estendeu por dias e muitos deles acabaram morrendo ao lutar pelos seus direitos.
Só depois de muitos anos de luta, em 1919, os pedidos dos trabalhadores foram atendidos. O governo francês ratificou como feriado o dia 1º de maio, como lembrança à manifestação ocorrida em Chicago. A partir desta manifestação, trabalhadores de várias partes do mundo começaram a lutar por melhores condições de trabalho.

E foi esta data que o Comitê Central Popular (CCP), juntamente com mais 24 entidades, escolheu para fazer uma panfletagem pedagógica na feira do bairro Benfica.

A manifestação no dia 1º de maio consistiu em estender bandeiras, fazer panfletagens e, principalmente, conscientizar a população sobre a greve dos professores que teve início no dia 29 de abril. A greve tem por objetivo lutar pelo reajuste do piso salarial.

O integrante do Comitê, André Nogueira, explica que “Benfica é um bairro muito grande, e possui um numero muito alto de trabalhadores, por isso a escolha”. Além disso, diz que “a ação buscou mostrar à população o que reivindicamos e como a educação no estado anda mal, apesar de alguns governantes afirmarem que vai bem.”.

A coordenadora pedagógica do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação - Sind-UTE Subsede Juiz de Fora, e também integrante do CCP, Berenice Celeste Alves, ressalta a importância da greve e da participação do Comitê Popular nos movimentos: “O Comitê foi e é extremamente importante no movimento. Eles no ajuda a viabilizar tudo, a fortalecer a nossa causa. Desde sua criação, há três anos, ele vem conseguindo fazer história. E nós estamos juntos na luta dos professores. Só queremos um pouco mais de dignidade para fazermos nosso trabalho”, diz.

Já houve reuniões na tentativa de estabelecer um acordo, no entanto, ainda não se conseguiu chegar a um consenso. Com o fortalecimento da greve, é possível que aconteça, ainda nesta semana, uma negociação em que a questão salarial possa ser revista.
Durante toda a semana, haverá panfletagens em vários pontos da cidade, afim de informar a população sobre o movimento.

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